Foro de São Paulo na mira dos EUA

Escrito por Rodolpho Loreto

Entenda as Intenções dos Estados Unidos quanto ao Foro de São Paulo

Foro de São Paulo na mira dos EUA

Desde a Operação Tempestade no Deserto (1990-1991)[1] e ao longo dos conflitos das primeiras décadas do século XXI, os EUA consolidaram uma doutrina militar baseada em dissuasão, empregando seu imenso poder e precisão em operações. Seja por ação direta ou pelo apoio a nações amigas, essas condutas foram exaustivamente testadas, alcançando êxitos significativos no campo estratégico-militar, embora os desdobramentos posteriores dependam de fatores mais complexos, como diplomacia, mídia e opinião pública. Motivada por esse histórico de efetividade bélica, a recente movimentação de embarcações no mar do Caribe gera ansiedade e apreensão quanto ao desdobramento da operação (ainda sem nome), que visa combater o narcotráfico – a maior mazela social que os americanos enfrentam atualmente[2]. Sob a administração Trump, o narcotráfico passou a ser visto como um problema de terrorismo, e não apenas uma questão social[3], com o objetivo de corroer as bases do Ocidente. A declaração de cartéis como grupos terroristas representa uma mudança crucial no combate a essas organizações, pois autoriza o uso efetivo de força militar não apenas para contenção ou redução, mas para um combate nos moldes de uma guerra convencional. Toda essa situação culmina em um alvo há muito monitorado e agora reconhecido pelos EUA como a principal ameaça regional em relação ao tráfico de drogas: Nicolás Maduro. Sendo ele considerado o principal líder do Cartel de los Soles, juntamente com Diosdado Cabello. Essa organização funciona como o elo central entre diversas facções menores e grupos terroristas do Oriente Médio, como o Hezbollah e a Al Qaeda, além de regimes que financiam o terrorismo, como Irã, Rússia e China. Trata-se do núcleo operacional do braço ilegal do Foro de São Paulo, cuja estrutura básica pode ser detalhada em outro artigo.[4]. Desde 15 de agosto de 2025, quando o governo americano decidiu enviar ao mar do Caribe um efetivo militar de 4.000 soldados e diversas embarcações poderosas, como o USS San Antonio e o USS Iwo Jima, uma pergunta paira no ar: quando os EUA invadirão a Venezuela para depor Maduro e levá-lo à justiça? Tal questionamento reflete o desejo de muitas pessoas de boa-vontade em ver esse ditador sanguinário responder pelos males causados ao povo venezuelano e ao próprio continente com suas operações ilegais. Contudo, a doutrina militar americana segue diversas fases e protocolos de emprego, visto que a conduta de seus comandantes, em especial de seu Comandante-em-Chefe, é rigorosamente vigiada pelo Congresso, que pode suspendê-la a qualquer momento se identificar a mínima conduta irregular. Para esse exercício de previsão, é útil analisar a cronologia de conflitos anteriores, como os seguintes: Guerra do Golfo, 1991 Anúncio (critério adotado): 29/11/1990 — Resolução 678